segunda-feira, 10 de maio de 2010

Violência Doméstica



Até quando fecharemos os nossos olhos para esta questão?


Infelizmente a violência domestica no lar cristão tem sido constante, e nada tem se feito para dar um fim.


A Bíblia nos ensina que o que Deus uniu não separa o homem(Marcos 10:11);
Mas também nos mostra em I Pedro 3:7, "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento;e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações".
Pois muito bem, a Bíblia é clara em relação ao respeito do homem para com a sua esposa e da esposa para com o seu marido.
Amadas é inaceitaveis mulheres apanhando dos seus companheiros dentro da igreja "ou em qualquer lugar", denuncie, bote a boca no trombone. Converse com o seu lider Espiritual, conte a ele e se por ventura ele for conivente com essa situação vá até uma delegacia mais próxima e denuncie.
"Há alguns anos atrás, as mulheres eram de certa forma obrigadas a conviverem com a violência doméstica, pois elas não tinham apoio nem dos famíliares e nem da sociedade. "Uma vez que apanhava era sempre por culpa delas mesmo".
Eu acredito na transformação da pessoa, creio que o Nosso Senhor Jesus Cristo pode reverter o quadro transformando este homem (ou esta mulher), mas isso não significa que você não deva procurar ajuda.
1 Ore a Deus, peça ajuda intensamente pois ele escutará o seu clamor;
2 Busque orientação do seu lider espiritual, ele (ela) como homem (mulher) de Deus sabera te orientar, podendo chamar até os dois para uma conversa franca e sensata,
3 Procure uma delegacia e denuncie a Lei Maria da Penha está ai para te defender também.

O principal instrumento jurídico de proteção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil é a Lei 11.340/06, a Lei Maria da Penha. O nome homenageia a cearense Maria da Penha Maia, vítima de duas tentativas de homicídio perpetradas pelo seu então marido, o professor de economia Marco Antonio Herredia Viveros, pai de suas duas filhas. Paraplégica em decorrência do primeiro ataque, ela lutou por quase 20 anos para colocá-lo na cadeia. Com a demora da Justiça brasileira, Maria da Penha recorreu à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou denúncia de um crime de violência doméstica. Em 2001, a Comissão responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres.
Entre as principais mudanças introduzidas pela lei, está a definição da violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, so¬frimento físico, sexual ou psicológico, bem como dano moral ou patrimonial. Ela prevê ainda atendimento policial especializado para as vítimas, em delegacias de Atendimento à Mulher, bem como a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – uma mudança jurídica, já que, até então, esse tipo de crime era considerado de menor potencial ofensivo. As punições também ficaram mais severas, com o aumento do tempo máximo de prisão em caso de agressão doméstica, que passou de um para três anos.


“Quantas vezes você ouviu um sermão sobre violência doméstica?”, indaga. “As pessoas precisam ser orientadas”. Ela critica o legalismo religioso, que levaria muitas mulheres a suportarem caladas a violência. Mesmo sem querer entrar em polêmicas teológicas, Esly argumenta que a violência é, sim, uma razão bíblica para o divórcio. “A violência é uma traição. Quando o homem bate numa mulher, ele está traindo os votos matrimoniais. O Evangelho nos chama a uma vida em amor”, declara, observando que a sociedade está muito exposta à violência, (psicóloga Esly Carvalho, autora do livro Família em Crise – Enfrentando problemas no lar cristão) a violência doméstica faz parte dos segredos bem guardados de muitas famílias cristãs. Para ela, que é especialista em saúde emocional e costuma tratar os mais diversos tipos de abusos no ambiente familiar, é preciso romper o silêncio. Esly chama os crentes à responsabilidade. “A Igreja deve ser a primeira a erguer sua voz profética e denunciar o terrível segredo da violência doméstica”, afirma.

A LUTA DE ALGUMAS IGREJAS EVANGÉLICAS
As igrejas estão despertando para o problema. Os adventistas realizam, desde 2002, a campanha mundial “Quebrando o Silêncio”, de educação e prevenção contra a violência doméstica. No quarto sábado de agosto, todas as igrejas da denominação abordam o assunto. Além disso, são realizados atos públicos como caminhadas, seminários e apresentações teatrais para adultos e crianças. Segundo a coordenadora do projeto para a América do Sul, a pedagoga Wiliane Marroni, é preciso reconhecer que a violência contra a mulher existe: “Temos que orientar os pais e os filhos”, diz, lembrando os princípios cristãos de amor e igualdade. O projeto inclui a publicação de vasto material educativo, disponível no site www.quebrandoosilencio.org.br.

Já a Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB) lançou, há dois anos, a cartilha Temas e conversas – Pelo encontro da paz e superação da violência doméstica, com reflexões e instruções para as comunidades da denominação. A cartilha define a violência contra a mulher como pecado. “Infelizmente, o lar é para muitas mulheres e crianças um lugar mais inseguro do que caminhar numa estrada escura durante a noite”, compara a psicóloga Valburga Schmiedt Streck. “A comunidade cristã é um espaço privilegiado para auxiliar as pessoas a identificar e rever os valores que norteiam as relações de gênero, com vistas a alcançar relações mais amorosas e de maior reciprocidade”, diz o pastor presidente da IECLB, Walter Altmann, quando do lançamento Do material

Segundo a UNICEF, todos os dias, mais de 18 mil crianças são espancadas no Brasil, sendo que as mais afetadas são meninas entre sete e 14 anos. Em nosso país, existe uma população de quase 67 milhões de crianças de até 14 anos. Em todo território nacional são registrados 500 mil casos/ano de violência doméstica de diferentes tipos. Em 70% destes casos os agressores são os pais biológicos.Em Curitiba, a cada seis horas, as autoridades municipais tomam conhecimento de pelo menos uma criança vítima de violência, abuso sexual ou de maus tratos praticados pela própria família, em uma situação que é classificada de emergência. No Rio de Janeiro, numa pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre ‘violência doméstica’, o tipo mais comum de violência é a sexual (31,6%), seguida de maus tratos físicos (27,7%), negligência (24%) e abuso psicológico (15,8%), onde na maioria das vezes, o algoz é o pai ou padrasto.Em São Paulo, a CASA DE ISABEL, que é um Centro de Apoio a Mulheres Vítimas de Violência, afirma que 90% das mulheres que procuram ajuda são evangélicas, membros em sua maioria, de Igrejas Pentecostais. Nas dissidências da Casa de Isabel, é fácil encontrar grupos de mulheres com a Bíblia aberta, senhoras murmurando corinhos cristãos e até mesmo a música no rádio da recepção, tocando canções evangélicas.

Fonte: Cristianismo Hoje / Gospel+

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